Neste artigo de fundo pode descobrir uma análise do mercado, bem como as características diferenciadoras de modelos e marcas de smartphones (acesso à Net, interface com utilizador, produtividade, multimédita, entre outras).
Além de nomes sonantes como a Apple, Nokia, Google e Microsoft também as marcas mais alternativas têm lugar nesta análise ao segmento transformou o sector tecnológico entre 2009 e 2010.
Htc Hero
PRIMEIRO estranha-se, depois entranha-se. Isto porque o Hero tem um formato um pouco fora do normal. E este "pouco" é a saliência onde está a roda de navegação, o botão de pesquisa e o de voltar
Por isso, não é bem em formato tablete, mas garantimos que esta saliência faz sentido. Dá para pousar e aconchegar o dedo quando usamos uma das seis teclas disponíveis. O Hero é mais pesado do que o habitual em terminais deste género. Isto porque é fabricado com um material derivado do teflon. O que faz com que seja bastante mais resistente e lhe dê um toque de produto mais de topo, algo que o anterior HTC Magic não tinha. O ecrã está protegido por um vidro o que dá mais contraste às cores e parece-nos ter um tratamento semelhante ao do iPhone 3GS que faz com seja menos amigo das dedadas. No topo está uma entrada de 3,5 milímetros para poder ligar os seus auscultadores preferidos.
Navegador lento
ONDE o Hero tem mesmo de evoluir é na velocidade do Wi-Fi e do browser Web integrado. Em comparação com os outros equipamentos deste teste o HTC perdeu para o iPhone 3GS e para o Nokia N97. Estes acederem directamente ao site de teste no seu formato mobile e carregaram a página de forma muito mais rápida.
Mails e redes e sociais
Em termos de e-mail tudo corre sem problemas. Para além de configurar a sua conta de Gmail (para poder aceder à loja da Android) também há suporte para contas de Exchange e POP3/IMAP. O processo de configuração é simples e o acesso às contas também. As redes sociais estão integradas por todo o telefone. Por exemplo, ao tirar uma foto pode optar por carregá-la para o Facebook, Flickr, Gmail, Peep, Picasa, mensagens ou à sua conta de e-mail. Muito simples e directo!
Sensações
A NOVA interface Sense, da HTC, faz toda a diferença. Corre em cima do Android e permite uma experiência muito fluida. É um verdadeiro prazer passar entre os sete ecrãs disponíveis. Quer isto dizer que conseguimos ter todos os widgets disponíveis sem ter de andar a navegar em menus. Veja os contactos preferidos num ecrã, os favoritos da Net no outro, o tempo em outro... e assim sucessivamente. E tudo isto é ajudado pelas cores vibrantes da interface.
Sem Dedos!
OS SEIS botões de atalho e a trackball permitem fazer quase tudo sem que tenha de andar a colocar os dedos no ecrã. Talvez não tivesse sido pedir de mais que os botões de "voltar" e "pesquisa" estivessem do lado esquerdo da trackball. É que temos de ir com o polegar muito atrás para aceder a estes botões.
A funcionar...
RÁPIDO o quanto baste. Não é tão rápido quanto o iPhone 3GS. Mas não podemos dizer que o Hero seja lento. As aplicações abrem rapidamente e alternamos entre elas sem problema. Reproduzir música e fotos é um verdadeiro prazer, sem quaisquer problemas de nota. Claro que gostaríamos de ter jogos com o aspecto gráfico dos que existem para o iPhone ou para o Nokia N97. O teclado QWERTY digital não é tão bom como o do iPhone 3GS. É lento e o sistema de correcção não está em português.
HTC HERO
VEREDICTO
+ Boa qualidade de construção e design.
+ Interface, aplicações, facilidade de utilização.
- Navegação na Internet mais lenta do que a concorrência.
- Teclado precisa de melhorias e a autocorrecção devia ser em português.
Bluebelt II
O DESIGN desta segunda versão do Bluebelt é melhor do que o da primeira. O telefone parece um pouco mais largo (mas não é), o que fez com que o teclado crescesse (já lá vamos!).
O Bluebelt II é resistente, e por isso mais pesado do que o anterior. A cor negra com a faixa azul dá-lhe um ar mais profissional. Ao toque, este telefone parece-nos ainda um pouco rude devido à utilização de materiais pouco nobres.
Utilização simples
A interface do Windows Mobile 6.5 é agradável. Conseguimos aceder às principais aplicações sem ter de sair dos menus principais. Mas o grande atractivo é o MyPhone. O serviço permite, entre outras coisas, fazer o backup de todas as informações que estão no telefone e que, depois, ficam disponíveis a partir de qualquer terminal ou computador.
Sempre a teclar
O TECLADO QWERTY físico é o melhor deste comparativo. As teclas não aparentam tanta resistência, mas este foi o telefone onde conseguimos escrever de forma mais rápida. Faz toda a diferença para quem manda muitos e-mails ou participa activamente nas redes sociais. Por falar em redes sociais, só o Messenger vem instalado por definição.
Wi-fi? Onde estás?
A culpa é do sistema operativo. Continua a ser uma dor de cabeça "dizer" ao Bluebelt para usar o Wi-Fi por definição sempre que há ligação disponível. De resto, a navegação Web é rápida e consegue-se configurar contas de e-mail facilmente. Claro que as de Exchange passam a partir do ActiveSync que tem de instalar.
Ecrãzinho
Uma das coisas que a TMN tem de colocar no caderno de encargos da ZTE (o fabricante chinês que faz os Bluebelt) é um ecrã maior e melhor. O que está neste telefone "dá para o gasto", mas pouco mais. É pequeno, pouco sensível e pouco reactivo. As 2,5 polegadas obrigam-nos, com mais frequência do que desejávamos, a recorrer ao stylus para conseguir pressionar nos pequenos ícones que estão no Windows Mobile.
Como será fácil de perceber, a experiência de ver vídeos ou fotos, não é particularmente excitante.
Mundo TMN
HÁ MUITAS aplicações com a marca do operador português. O Desktop é uma das mais interessantes. Dá acesso directo a uma série de informações pertinentes. Por exemplo, trânsito, meteorologia, notícias. Tudo acessível a partir de um único menu.
Som a pedir melhorias
Como seria de esperar, há um botão de acesso directo ao serviço de TV Meo. Tudo corre sem problemas. A questão é o som do telefone. Mesmo com os auscultadores fornecidos a coisa não melhora muito. Não é definido e quando puxamos pelo volume começa a distorcer. A TMN podia resolver isto pedindo à ZTE que coloque uma entrada de 3,5 milímetros para podermos ligar uns auscultadores melhores.
Veredicto
+ Preço, preço, preço.
+ Licença NDrive, teclado QWERTY, cartão de 4 GB.
- Ecrã pequeno e pouco reactivo.
- Som fraco e tem de utilizar o stylus com alguma frequência depois de passar a interface.
Nokia N97
O aspecto do N97 não engana. Parece mesmo um computador de bolso. O generoso ecrã de elevada resolução apresenta-nos uma interface típica dos sistemas Symbian, mas com um ecrã de entrada bastante diferente.
Neste, encontramos acessos rápidos a contactos, ao Facebook, ao e-mail, etc. Tudo pode ser personalizado de uma forma simples. O N97 tem um aspecto robusto e resistente. É um pouco mais grosso do que a concorrência, mas isso fica a dever-se ao teclado QWERTY incluído. É um dos poucos telefones a ter uma tampa para proteger a câmara.
Teclado
É muito bom poder utilizar um teclado QWERTY físico. O do N97 está escondido por debaixo do ecrã. Desliza e surge em todo o seu esplendor. Não é o mais generoso do mercado, mas é muito bom para teclar rapidamente.
Isto depois de nos habituarmos ao facto de terem um curso muito curto. A roda de navegação dá jeito para estar na Internet e ver os vários conteúdos de uma página.
Um senhor das redes
Sempre que liga o N97 ele pergunta se quer utilizar a ligação disponível para actualizar os conteúdos dinâmicos que tem na página inicial do telefone. É simpático que o faça principalmente para os utilizadores que querem manter um controlo mais apertado sobre a factura mensal de comunicações. De resto, é bom saber que o N97 percebe que há redes sem fios disponíveis e as utiliza sem termos nós de andar a fazer configurações complicadas.
Correio e amigos
É MUITO fácil configurar uma conta de e-mail (o Messaging funciona muito bem) e há aplicações, na OVI Store que permitem ligar-se às redes sociais mais populares. Claro que para usar a loja tem de criar uma conta.
Não vá pelos seus dedos
A experiência táctil continua a ser o calcanhar de Aquiles do N97. O telefone não é rápido a responder ao toque o que torna a experiência menos fluida do desejado. Andar para baixo nas listas também não é fácil. Já está melhor do que o primeiro táctil que a Nokia fez, mas ainda pode evoluir. É por isso, certamente, que a Nokia não abdicou de oferecer um stylus com o N97.
Infelizmente, este não está inserido no chassis do telefone o que nos obriga a prendê-lo com um fio.
Multimédia total
Como é comum na geração N, da Nokia, este 97 é uma máquina multimédia. O ecrã, quando usamos o teclado, sobe um pouco e fica numa posição excelente para ver vídeo ou navegar na Web. A reprodução de vídeo, fotos e música é muito boa... e pode ligar-se uns auscultadores da nossa preferência. Embora, os fornecidos pela Nokia não sejam nada maus.
É preciso realçar, também, a qualidade da câmara (vídeo quase HD) e de todo osoftware que a acompanha. O N97 é um dos mais completos smartphones do mercado.
Rápido?
Achamos que podia ser um pouco mais veloz. Quando está muita coisa em memória o telefone fica lento e a responder com menos eficácia. Trabalhar com fotos, por exemplo.
As imagens demoram um pouco a abrir e o zoom não é imediato. De referir ainda, e agora sobre o som, que a coluna embutida no N97 devia ser bem melhor.
NOKIA N97
Veredicto
+ Qualidade de construção, teclado QWERTY.
+ Integração das redes sociais e Net.
- Experiência táctil tem de melhorar.
- Processador tem de ser mais rápido para acelerar algumas funcionalidades.
iPhone 3GS
Por fora, o S é igual ao iPhone 3G. Mas não é pelo design que a Apple o quer convencer a mudar de smartphone. O S corresponde a Speed (velocidade) e é mesmo o processador integrado que faz toda a diferença. O iPhone 3GS é muito mais rápido do que o modelo anterior.
Quer isto dizer que inicia e carrega aplicações a uma velocidade grande o que faz com que a experiência de utilização seja muito mais fluida.
A melhor interface
É impossível não gostar da forma como a Apple organizou os ícones. São grandes e coloridos o que funciona na perfeição no ecrã generoso e de alta resolução. É pena ainda não terem aderido aos widgets, porque dava muito gente ter algumas informações a serem constantemente actualizadas. Aúnica coisa que o iPhone faz é dar uns alertas que surgem de repente a pedir a nossa intervenção.
Capa protectora
O DESIGN é muito bem conseguido. No entanto, aquela parte de trás do iPhone continua a ser um verdadeiro íman para riscos. Invista numa capa protectora. É que também é muito fácil deixá-lo cair.
Loja: o segredo do sucesso
Sendo o único telefone em que o sistema operativo é exclusivo, é impossível dissociar as duas coisas. E um dos pontos que mais atrai os utilizadores é, sem dúvida, as milhares de aplicações que existem na AppStore. Tiram partido das capacidades visuais e tácteis do ecrã, o que faz com que muitas sejam altamente viciantes. Para além das aplicações, a loja tem, claro, muita música, podcasts e livros. É um não mais acabar de conteúdos que mantém os utilizadores entusiasmados.
Menos dedadas?
O ecrã do 3GS tem um revestimento especial que permite reduzir a quantidade de gordura que se acumula. Isto não implica que existam menos dedadas (há muitas), mas permite que o dedo deslize facilmente e, como consequência, o controlo das aplicações é melhor. O que se nota principalmente, nas de utilização intensiva, como os jogos, por exemplo.
O próximo nível
O IPHONE 3GS tem suporte para a versão mais recente do OpenGL. Ou seja, há capacidade para correr jogos com gráficos melhores. Estão a ser desenvolvidos vários títulos que tiram partido desta tecnologia.
Dura e dura
Era bom, mas não. Está melhor do que o iPhone 3G, mas o S ainda é um grande sorvedouro de energia. Quer isto dizer que quem fizer uma utilização intensiva do telefone (jogar e usar o GPS, por exemplo), terá de o carregar todas as noites. Se nos contermos, o S consegue estar dois dias ligado sem exigir nova carga.
Câmara melhor
Um investimento. O iPhone 3GS tem uma câmara de 3 megapixéis e focagem automática. As imagens têm alguma qualidade, mas ficam atrás do que vimos no HTC e no Nokia. O vídeo tem uma qualidade satisfatória.
IPHONE 3GS
VEREDICTO
+ Experiência táctil, rapidez, design.
+ Ligação à AppStore, música, vídeo e livros.
- Aquece demasiado.
- Não tem suporte para a tecnologia Flash.
Qual o nosso Smartphone de topo preferido
O Bluebelt II tem um preço imbatível e é indicado para quem anda à procura do primeiro smartphone. O Nokia N97 é, sem dúvida, para quem é fã incondicional das redes sociais e que adora tirar fotos com o telefone. O iPhone é obrigatório para os "adeptos da maçã", dos vídeos, da música, da Net e, claro, para os que não passam sem ter aplicações novas para experimentar. Podia ser melhor na produtividade e ter um preço mais convidativo.
O HTC Hero é a nossa escolha como terminal mais completo. Tem design,capacidades de hardware e uma experiência de utilização excelente muito devido à interface Sense. No Hero quase não é preciso sair dos menus principais para o resto do sistema operativo. Por isso, é tão simples de controlar apenas com os dedos.
O mesmo podemos dizer para a configuração dos vários componentes do telefone. A conectividade é simples de controlar e quase não temos de fazer nada. Quando testámos, considerámos que a configuração do Wi-fi poderia ser mais simples - visto não existir nenhum botão directo para essa função.
Não houve problema, no Android Market (a loja) descarregámos um widget que colocou um botão directamente no ecrã de entrada. Claro que há coisas a melhorar. O teclado digital é um deles. É pouco reactivo. Outro componente a precisar de melhorias, e rapidamente, é a navegação Web. É preciso agir e fazer com que o Hero (e outros telefones com Android) consigam carregar os sites de forma mais rápida.
Apesar destes "pequenos" problemas, o Hero é um smartphone muito completo, principalmente para quem procura uma ferramenta de produtividade. Ah! E o preço é muito competitivo para um smartphone com estas características.
Ajuda com algumas partes do artigo em:
aeiou.exameinformatica.pt