Final Fantasy XIV | Produtora: Square Enix | Lançamento: 2010 | Plataforma: PC

A segunda investida da Square Enix no mercado de MMORPGs mostra o quanto a empresa não aprendeu com o primeiro game do estilo, “Final Fantasy XI”. Cheio de problemas no lançamento, com bugs e glitches, “Final Fantasy XIV” ainda conta com sistemas retrógrados e entediantes de jogabilidade, além de mecânicas datadas. A falta de qualidade do game, inclusive, motivou a Square Enix a manter o jogo gratuito – ou seja, sem mensalidades – para os jogadores, pelo menos até consertar os glitches.

APB | Produtora: Realtime Worlds | Lançamento: 2010 | Plataforma: PC

A premissa: uma guerra de facções permanente em um ambiente online dinâmico, com elementos de MMORPGs a “GTA IV”. A realidade: um desequilibrado e desinteressante game de tiro em terceira pessoa, que não conseguiu alcançar metade de suas ambições. A cereja no bolo de “APB” é que sua desenvolvedora precisou abandonar o game no meio do caminho, deixando seus jogadores órfãos de suporte e servidores oficiais. Fracasso em todos os níveis.

Kane & Lynch 2: Dog Days | Produtora: IO Interactive | Lançamento: 2010 | Plataformas: PC/PS3/X360

O visual de “Kane & Lynch 2: Dog Days” é bem tosco, mas isso é uma coisa boa, cortesia da interessante estética de “vídeo do Youtube” adotada pelo jogo. O que a IO Interactive esqueceu de avisar é que a jogabilidade seguiria pelo mesmo caminho. Com uma campanha de menos de quatro horas e extremamente repetitiva, a segunda aventura dos violentos criminosos é um desperdício de tempo e dinheiro. Sério candidato ao pior do ano.

Dark Void | Produtora: Capcom | Lançamento: 2010 | Plataformas: PC/X360/PS3

O maior problema de “Dark Void” é não aproveitar sua premissa bem interessante em todo o seu potencial. Essencialmente um game de tiro em terceira pessoa genérico, “Dark Void” apostou em uma mecânica que permitia o protagonista do game voar em um jetpack. Quando o jogador tem a liberdade de voar pelo cenário, até esquece os gráficos genéricos, dos tiroteios entediantes, da história insossa e dos inimigos estúpidos. Nas longas partes que o jogador está preso ao solo, nada consegue esconder a verdadeira face medíocre do game. Fraco, ainda que essencialmente funcional.

 

Metroid: Other M | Produtora: Team Ninja | Lançamento: 2010 | Plataforma: Wii

Por muito tempo, Samus Aran, a protagonista da série “Metroid” ficou em silêncio. Nas raras vezes que a destemida heroína se manifestava, as falas não eram dubladas. Em “Metroid: Other M”, ela abre, pela primeira vez, o bico. O problema é que não sabe fechar. A corajosa mercenária que encarava com frieza os problemas nos outros jogos da franquia desaparece sob uma garota subserviente, medrosa e tagarela. A jogabilidade? É honesta. Os gráficos? Estão entre os mais interessantes do Wii. O problema aqui é manchar um dos maiores ícones da Nintendo com uma historia melodramática e equivocada.

Sonic: Free Riders | Produtora: Sega | Lançamento: 2010 | Plataforma: X360 (Kinect)

A linha inicial de games para o Kinect trouxe algumas esperadas coletâneas de minigames e demos de tecnologia glorificadas, como “Kinect Sports” e “Kinectimals”. Dentre os títulos mais hardcore, surgia o ouriço azul da Sega, Sonic, com “Sonic: Free Riders”. O problema? O game não funciona. Os sensores do Kinect ou não reconhecem leves movimentos do jogador ou reconhecem em excesso, o modo para dois jogadores é uma piada de mal gosto e até mesmo os gráficos são uma afronta ao poder do Xbox 360. Pobre Sonic.

Iron Man 2 | Produtora: Sega | Lançamento: 2010 | Plataformas: X360/PS3/PC/Wii/DS/PSP

Adaptações de filmes para games geralmente tem um resultado abaixo do esperado. Os estúdios precisam correr com o desenvolvimento para entregar o game no prazo e o resultado final é visivelmente afetado. Com “Iron Man 2”, não é diferente. Gráficos terríveis, jogabilidade lamentável e dublagens abaixo da crítica (Robert Downey Jr. não participou das gravações e Don Cheadle entrega as falas sem emoção alguma) minam o game, que é baseado em um ótimo filme.

Alpha Protocol | Produtora: Obsidian Entertainment | Lançamento: 2010 | Plataformas: PC/PS3/X360

A ideia de juntar um RPG de ação como “Mass Effect” e uma trama de espionagem que não ficaria devendo nada a Jason Bourne não é uma ideia ruim. A execução de “Alpha Protocol”, no entanto, é um pouco desbalanceada. Pistolas são basicamente inúteis no game, por terem pouca precisão e algumas habilidades são poderosas demais, como a camuflagem que deixa o jogador invisível e permite assassinatos furtivos até com o inimigo de frente. No meio da jogabilidade meio caótica e uma história rocambolesca, há de se valorizar um sistema de diálogos impressionante, mas não é muito mais que isso.

Front Mission Evolved | Produtora: Double Helix | Lançamento: 2010 | Plataformas: PS3/X360/PC

A Double Helix, conhecida por tentar apimentar a fórmula de “Silent Hill” com o fraco “Homecoming” tenta mais uma vez agitar alguma propriedade intelectual, com parcos resultados. O estúdio resolveu transformar os tradicionais games “Front Mission”, normalmente jogos de estratégia tática, em um game de ação em terceira pessoa. Seria possível ignorar a manobra equivocada, que consegue alienar todos os públicos alvo possíveis, se a jogabilidade fosse incrível. Não é. É medíocre no máximo e ruim em seus momentos mais sombrios. Passe longe.

Quantum Theory | Produtora: Tecmo | Lançamento: 2010 | Plataformas: X360/PS3

Não é fácil fazer um game de tiro em terceira pessoa atualmente sem prestar algum tributo a “Gears of War”. O game, desenvolvido pelo amalucado Cliff Bleszinski e sua equipe na Epic, é um marco na atual geração, definindo como é o padrão de tiroteios usando pontos de cobertura.

“Quantum Theory” tenta ser “Gears of War”, com um orçamento constrangedoramente menor, uma história ainda mais absurda, jogabildidade derivativa, gráficos lavados e design sem originalidade – basicamente copiado de “Gears”. Se fosse um bom clone de “Gears of War”, “Quantum Theory” poderia ter seu lugar ao sol. O problema é que o game é, basicamente, uma versão diluída do shooter da Epic.

Prison Break: The Conspiracy |Produtora: Deep Silver | Lançamento: 2010 | Plataformas: PC/PS3/X360

Se games baseados em filmes são abismos de qualidade, jogos baseados em seriados sofrem maldições similares. Na história recente, “Lost” gerou um game medíocre e, agora, foi a vez de “Prison Break”, que ficou bem abaixo da média.

Com sistemas de jogabilidade mal elaborados, como mecânicas mambembes de luta e furtividade mal implementada, o game se arrasta em uma série de “quick-time events” (sequências nas quais o jogador precisa apertar o botão correto no momento correto, geralmente uma fração de segundo, para prosseguir). Os gráficos temíveis completam o pacote, que devia ser o bastante para condenar o estúdio à cadeia.